TIPOS DE ERITRINAS

Existem vários tipos de Erythrinas, com nomes populares variando entre Eritrina, Suína, Mulungu, Corticeira, Crista de galo, etc. Em comum tem a floração vistosa, quase sempre vermelha, folhas com três folíolos, a madeira macia, na maioria das espécies com espinhos. Clique na imagem para ir até a página de cada uma.

Erythrina speciosa

É bastante comum, de baixo porte (até 5 metros), o fruto é uma vagem cilíndrica, com muitas sementes (umas 10) preto/marrom e parecidas com um feijão. 

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http://www.casaecia.arq.br/arvores.htm

http://images.google.com.br/images?q=Erythrina%20speciosa%20&hl=pt-BR&lr=&sa=N&tab=wi

Erythrina falcata

Floração vermelha mais discreta, quase sempre misturada com folhas verdes. Fruto vagem achatada com saliência no local das sementes.

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https://sites.unicentro.br/wp/manejoflorestal/8668-2/

http://www.jardimcor.com/catalogo-de-especies/erythrina-falcata/

Erythrina verna

Árvore de grande porte, floração vermelho vivo totalmente despida de folhas, fruto vagem achatada que se abre, expondo a semente que se parece com um pequeno feijão, marrom. O fruto aberto tem formato peculiar, e é usado pelas crianças para fazer um tipo de assobio.

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http://www.arvoresdobiomacerrado.com.br/site/2017/07/31/erythrina-verna-vell/

Erythrina velutina

A floração vermelha aparece pouco no meio da folhagem, e não ocorre todo o ano. Fruto vagem mais grossa e curta, com sementes redondas e arroxeadas.

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http://www.esalq.usp.br/trilhas/uteis/ut02.php

https://www.aplantadavez.com.br/2015/08/mulungu-da-caatinga-erythrina-velutina.html

Erythrina indica picta 

Variação da Erythrina que tem folhas verde-amarelas. É uma espécie exótica, apesar de ser chamada em alguns locais de “Brasileirinho” ou “Eritrina bicolor”.

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http://www.jardimcor.com/catalogo-de-especies/erythrina-indica-picta/

http://images.google.com.br/images?q=Erythrina%20indica%20picta&hl=pt-BR&lr=&sa=N&tab=wi

Erythrina mulungu

Mais alta (até 14 m), flores alaranjadas, fruto vagem achatada com 1 a 3 sementes marrom escuro um pouco enrugadas. A foto ao lado é do site da Esalq.

Ver mais informações clicando na foto ou em:

http://www.esalq.usp.br/trilhas/medicina/am10.htm

http://abmanacional.com.br/wp-content/uploads/2017/06/36-4-Erythrina-mulungu1.pdf

TEXTO A RESPEITO DE ERITRINAS

 Eritrinas: grandes fixadoras de Nitrogênio

Nome vulgar: inúmeros, sendo os principais, mulungu (MG,RJ, SP), corticeira (RS), suinã (SP, MG), canivete (MG), sinanduva (SC). O nome científico vem do latin, erythros (vermelho) em referência à cor das flores.

Espécie em destaque: E.falcata, uma das cerca de 108 espécies arbóreas deste gênero. Apresentam folhagem decídua e floração muito vistosa em tons de vermelho ou alaranjado, dispostas nas extremidades dos ramos, em rácemos de até 30 cm de comprimento, florescendo na primavera, entre julho e novembro, dependendo da latitude. A espécie em destaque atinge de 10 a 20 m de altura, apresentando acúleos (um tipo de espinho) tanto nas hastes como na folhagem. As flores são polinizadas pelas aves, principalmente, os beija-flores. Tolera sombreamento moderado mas é pouco tolerante ao frio e prefere solos úmidos e férteis com boa drenagem.

Uso: Escolhida como árvore-símbolo da Embrapa Agrobiologia, o mulungu tem inúmeras aplicações ligadas à agroecologia.

Por ser propagado vegetativamente, através de estacas, e se beneficiar do processo de fixação biológica de nitrogênio, dispensando adubos nitrogenados, é recomendado como moirão vivo e para o enriquecimento e arborização de pastagens onde a característica espinhosa facilita sua introdução. É recomendado também para a recuperação de matas ciliares e de ecossistemas degradados e na manutenção da fauna silvestre, pois suas flores atraem aves. É recomendado também para o sombreamento de culturas perenes, como o cacau, aceitando transplantio de mudas com até 2 m de altura.

A madeira leve, branca ou amarelada, não tem durabilidade, sendo pouco usada no Brasil, geralmente na confecção de palitos, brinquedos, estojos, tamancos, fósforos e urnas funerárias. Como lenha, tem baixo poder calorífico mas é adequada para a produção de celulose e papel.  A exuberante beleza das árvores fazem do mulungu uma espécie altamente decorativa mas ainda pouco usada na arborização urbana.

O mulungu, assim como cerca de 51 espécies dentro do gênero Erythrina, produz alcalóides do grupo curare, utilizado pelos índios para entorpecer os peixes. Na medicina popular, a casca e as semente são usadas como calmante de tosse e nas afecções bucais. É também empregada nas doenças de fígado.

Nodulação: As eritrinas formam simbiose com o rizóbio do grupo caupi de inoculação cruzada, nodulando abundantemente, e formando nódulos grandes, esféricos e muito ativos.

Propagação: Propagam-se facilmente por sementes ou por meio de estacas.

Ambiente: As eritrinas são nativas das regiões tropicais e subtropicais da América. Sua área de ocorrência abrange Mata Atlântica (desde o sul de BA), na Floresta de Araucária (até o RS), atingindo o Cerradão (sul de MS e MG). Ocorre também na Argentina, Bolívia, Paraguai e Peru. É uma espécie secundária tardia de ocorrência irregular, abundante em capoeiras, no sopé das encostas de serras, grotas e nas margens de cursos de água.

Referências: Allen & Allen 1981, Leguminosae. University of Wisconsin Press, Madison., Carvalho, P.E.R. 1994, Espécies Florestais Brasileiras-Recomendações silviculturais, potencialidades e uso da madeira. EMBRAPA-CNPF/SPI, Lorenzi, H. 1992. Árvores Brasileiras, Editora Plantarum LTDA.

Texto de: Maria Cristina Prata Neves
Embrapa Agrobiologia
E-mail:mcpneves@cnpab.embrapa.br

Sites sobre eritrinas em geral:

http://www.rain-tree.com/mulungu.htm

 

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